quarta-feira, 25 de agosto de 2010

antes eu só dançava samba
agora só danço funk e ladie gaga
porque também já dancei
o swing até demais

vou descendo até o chão
vou subindo até o céu
créu, créu, créu, créu

domingo, 22 de agosto de 2010

domingo, 15 de agosto de 2010

se fosse ontem eu ainda teria
alguma coisa de útil pra falar
mas como já é hoje eu fico mudo
porque as palvras não me vem

observo, imune, o noticiário na televisão
o placar do jogo de futebol o qual não vi
dos times os quais nunca torci
o sofrimento dos outros, os assassiantos
um ato oficial do presendente
um suposto objeto voador não identificado
observo, é fato, sem emetir comentários

a vida, aos poucos, se torna também pouca
e rala, meio vazia de sentido
se não se está amando ou lendo poesia
e daí que dá um aperto no peito
uma vontade de chorar, de gritar
de sermos alguém que não somos
de fazermos alguma coisa que nunca fizemos
de sararmos essa ânsia pelo que não temos







domingo, 8 de agosto de 2010

agora, já é de noite
na tv o último programa
que assistimos no domingo
antes de irmos para a cama
antes de dizermos boa noite
para alguém que possa
estar ao nosso lado...

agora é tarde, quase madrugada
o silêncio impera em toda a cidade
e dá para ouvir o barulho da alma
que assombra nossos sonhos
a maldita voz estranha
que grita dentro da gente:
seja feliz! seja feliz!
e não somos...

agora, já é de dia
muito cedo já levantamos
lavamos o rosto na água fria
e vemos - temos mais um ruga
ou mais um cabelo branco

depois, descobrimos uma doença
ou até mesmo um cancer
descrobrimos, talvez, a cura
ou nos entregamos...

depois, vem lentamente
um noite eterna
a qual chamamos de morte
e antes dela, um suspiro
talvez de alívio ou de pena
talvez de arrependimento

depois dela, bem
depois dela...
acusam-me de ser romantico
mas que disparate!
sou realista, inconformado
e se escrevo, por ventura
alguma palavra que produza
alguma lágrima, peço descupas

acusam-me de ser realista
mas que absurdo!
sou romantico, já disse
sonho o tempo todo
com algum final feliz
que seque, por fim
minhas lágrimas
e abrande minha solidão

acusam-me de ser contraditório
e contra isso, sinto muito
não tenho nada a dizer