domingo, 15 de agosto de 2010

se fosse ontem eu ainda teria
alguma coisa de útil pra falar
mas como já é hoje eu fico mudo
porque as palvras não me vem

observo, imune, o noticiário na televisão
o placar do jogo de futebol o qual não vi
dos times os quais nunca torci
o sofrimento dos outros, os assassiantos
um ato oficial do presendente
um suposto objeto voador não identificado
observo, é fato, sem emetir comentários

a vida, aos poucos, se torna também pouca
e rala, meio vazia de sentido
se não se está amando ou lendo poesia
e daí que dá um aperto no peito
uma vontade de chorar, de gritar
de sermos alguém que não somos
de fazermos alguma coisa que nunca fizemos
de sararmos essa ânsia pelo que não temos







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