escrever errado não é crime
é fato
escrever certo não é correto
é comum
escrever certo e errado
é o que torna
as palavras
humanas
sábado, 31 de maio de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
"É chegada a hora da reeducação de alguém
Do Pai do Filho do espirito Santo amém
O certo é louco tomar eletrochoque
O certo é saber que o certo é certo
O macho adulto branco sempre no comando
E o resto ao resto, o sexo é o corte, o sexo
Reconhecer o valor necessário do ato hipócrita
Riscar os índios, nada esperar dos pretos".
(Caetano - Fragmento do "O estrangeiro")
E de pensar nisso tudo, como disse Renato, fica aquilo, né? Porque, nos nossos atos (falhos) somos filhos, mães, pais, netos e tios de uma "sociedade" democrática. Eu lá saberia não ser o que sou? E o que sou não é que falo de mim? Ou que falam de mim? Até a esquina a identidade vai de mão dada com a consciência. Depois, ai de mim, que sigo louco, ingênuo, peso de papel, entulho que atrapalha o trânsito. Serenos são os cântigos do caboclo. Serenos são os trovadores. Agora, nós somos cornetas barulhentas, e fazemos barulho para não dormir. O limite está para além do que podemos descrever. Ou escrever. Ou pensar. Pensar? "Sim, deve haver o perdão para mim..."
Do Pai do Filho do espirito Santo amém
O certo é louco tomar eletrochoque
O certo é saber que o certo é certo
O macho adulto branco sempre no comando
E o resto ao resto, o sexo é o corte, o sexo
Reconhecer o valor necessário do ato hipócrita
Riscar os índios, nada esperar dos pretos".
(Caetano - Fragmento do "O estrangeiro")
E de pensar nisso tudo, como disse Renato, fica aquilo, né? Porque, nos nossos atos (falhos) somos filhos, mães, pais, netos e tios de uma "sociedade" democrática. Eu lá saberia não ser o que sou? E o que sou não é que falo de mim? Ou que falam de mim? Até a esquina a identidade vai de mão dada com a consciência. Depois, ai de mim, que sigo louco, ingênuo, peso de papel, entulho que atrapalha o trânsito. Serenos são os cântigos do caboclo. Serenos são os trovadores. Agora, nós somos cornetas barulhentas, e fazemos barulho para não dormir. O limite está para além do que podemos descrever. Ou escrever. Ou pensar. Pensar? "Sim, deve haver o perdão para mim..."
Fer e Schopen
"Aquela justiça íntima pela qual escrevemos uma página fluente e bela, aquela reformação verdadeira, pela qual tornamos viva a nossa sensibilidade morta - essas coisas são a verdade, a nossa verdade, a única verdade. O mais que há no mundo é paisagem, molduras que enquadram sensações nossas, encadernações do que pensamos. E é-o quer seja a paisagem colorida das coisas e dos seres - os campos, as casas, os cartazes e os trajos - quer seja a paisagem incolor das almas monótonas, subindo um momento à superfície em palavras velhas e gestos gastos, descendo outra vez ao fundo na estupidez fundamental da expressão humana". (B. Soares, fragmentdo do L. do D.)
O que é esse trecho senão argumentações semelhantes a de Schopenhauer, no Mundo como Vontade e Representação? Fernando Pessoa só pode ter lido Schopenhauer e Nietzsche e Bachelard. Se Pessoa não os leu, Bernardo Soares o fez. Ou então, eles estão no mesmo denominador comum. As idéias que perambulam no ar e são captadas por esses gênios.
O que é esse trecho senão argumentações semelhantes a de Schopenhauer, no Mundo como Vontade e Representação? Fernando Pessoa só pode ter lido Schopenhauer e Nietzsche e Bachelard. Se Pessoa não os leu, Bernardo Soares o fez. Ou então, eles estão no mesmo denominador comum. As idéias que perambulam no ar e são captadas por esses gênios.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
da série auto-críticas
critícas motorizadas (ou auto-críticas)
porque nem mais as críticas
querem andar a pé
críticas sustentáveis (ou auto-críticas)
por que olhar o outro se eu tenho espelho?
porque nem mais as críticas
querem andar a pé
críticas sustentáveis (ou auto-críticas)
por que olhar o outro se eu tenho espelho?
domingo, 25 de maio de 2008
o bom, o verdadeiro, o belo
estética da existência
diria Foucault
mas é Cecília que dá
imagens a sonhar
Fernando e Carlos
que nos embalam
nos rompantes de amar...
e por aí vai...
ou fica
diria Foucault
mas é Cecília que dá
imagens a sonhar
Fernando e Carlos
que nos embalam
nos rompantes de amar...
e por aí vai...
ou fica
domingo, 18 de maio de 2008
Cadê mesmo aquela metáfora que estava aqui?
Não me agrada a idéia de ter de ir dormir
Mas, ficar acordado é difícil também
Vivemos num mundo de possibilidades
Mas, na verdade
Não sabemos bem
O que comer, o que vestir
Aonde ir, o que ser
Ser livre se tornou um paradoxo
Assim como o poema livre
Tornou-se racional e óbvio
Mas, ficar acordado é difícil também
Vivemos num mundo de possibilidades
Mas, na verdade
Não sabemos bem
O que comer, o que vestir
Aonde ir, o que ser
Ser livre se tornou um paradoxo
Assim como o poema livre
Tornou-se racional e óbvio
Não escrevo para conquistar o mundo, nem a ti
Não espere, pois, encontrar-te aqui
Nestas palavras que escrevo
Este poema é um verniz
Casquinha de tempo
Sem mais nem menos
Muda de tom e rima
Mas, ainda assim
Se aproxima de mim
Agora, mesmo não tendo
As pretensões expostas
Mesmo sabendo
Da passagem das horas
Eu não preciso justificar
Meus gestos em poesia
Na verdade, eu não quero
Então, por favor
Espere o menos possível
Das cadências inconclusas
Dos olhares relapsos
Da corda de aço
Dos nervos
À flor da pele
Não exiba a verdade
Não deixe à mostra
O sexo, a necessidade
Tudo indica outra coisa
Para além da coisa posta
Por isso, não espere
O poema perfeito
A rosa vermelha
O beijo roubado
Nada disso existira
Se não existissem
As palavras
Não espere, pois, encontrar-te aqui
Nestas palavras que escrevo
Este poema é um verniz
Casquinha de tempo
Sem mais nem menos
Muda de tom e rima
Mas, ainda assim
Se aproxima de mim
Agora, mesmo não tendo
As pretensões expostas
Mesmo sabendo
Da passagem das horas
Eu não preciso justificar
Meus gestos em poesia
Na verdade, eu não quero
Então, por favor
Espere o menos possível
Das cadências inconclusas
Dos olhares relapsos
Da corda de aço
Dos nervos
À flor da pele
Não exiba a verdade
Não deixe à mostra
O sexo, a necessidade
Tudo indica outra coisa
Para além da coisa posta
Por isso, não espere
O poema perfeito
A rosa vermelha
O beijo roubado
Nada disso existira
Se não existissem
As palavras
V E R M E L H O
querer a cor em um momento
daqueles que a gente para e pensa:
nossa! o que eu estou fazendo aqui?
mas, aqui onde?
o AQUI, o que é?
teria muitas outras
interrogações ainda?
mas, eu vou dizer
que não é um estilo
ou um look
a cor só é em
pensamento
daqueles que a gente para e pensa:
nossa! o que eu estou fazendo aqui?
mas, aqui onde?
o AQUI, o que é?
teria muitas outras
interrogações ainda?
mas, eu vou dizer
que não é um estilo
ou um look
a cor só é em
pensamento
é por que o Chico disse
...e você que está me ouvindo
quer saber o que está havendo
com as flores do meu quintal...
prosa
para mim, a imagem é romântica, sem dúvida. mas que IMAGEM? pois é. não podemos estabelecer uma só iMaGem. elas são múltiplas e cambiantes em tom e desejo e entrega. ImAgEm, aí, se aproxima de VERDADE. mas qual é a verdadeira imAGem? hein? hã? bem. vamos fingir que isso aqui não aconteceu. ok.
transformar em música
fazer um poema
depois de
ler um poema
não é o mesmo
que fazer um poema
depois de
ouvir uma música
vocês não acham?
depois de
ler um poema
não é o mesmo
que fazer um poema
depois de
ouvir uma música
vocês não acham?
sexta-feira, 16 de maio de 2008
quarta-feira, 14 de maio de 2008
"presta atenção na letra"
segunda, a conjuntura astral
dará um novo posicioamento energético
para o Planeta...
será a música que nos dará a Terra?
dará um novo posicioamento energético
para o Planeta...
será a música que nos dará a Terra?
tecnologias do eu e do mim
a gramática é uma porno chanchada
e os críticos literários
perversos mastigadores
de letras e verbetes
ponto de exclamação!
e os críticos literários
perversos mastigadores
de letras e verbetes
ponto de exclamação!
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