Hun, retomo esse tópico das referências cotidianas, já que o Eduardo Giannetti me fez retomar sua leitura numa tarde de domingo, depois de eu pingar uma gota de um dos meus dois colírios para o tratar meus claros olhos.
O livro é "Auto-engano". Comprei-o logo que cheguei aqui em Foz, em uma ida no estilo "de quem não quer nada" à livraria do shopping. Fato é que me encantei com a leitura! (e depois a abandonei). Comecei a ler outras coisas e a não ler nada também durante um tempo. Na sequencia falo sobre outro livro ótimo!
A questão que o Eduardo nos coloca é essencial para nossa "natureza" (construída historicamente) humana e que dá título à obra: o auto-engano. Não o conhecia, ele é economista e sociólogo. A maneira como ele escreve é cativante e seu conhecimento sobre as mais variadas vertentes da intelectualidade é notável! \\o E o faz com um conhecimento de causa que o torna
um autor muito simpático e didático.
Como o auto-engano, tanto individual como coletivo, nos faz ser o que estamos sendo nesse mundo em intensa transformação? O que auto-engano tem de positivo e de negativo? Essas são as questões que fundamentam suas argumentações em grande estilo. E, pela página 52, depois de citar nosso amigo Fer (né Élice dos Istaites?) ele diz sobre a profissão de poeta:
"Como profissional so sonhar acordado, a missão do poeta não é acreditar no que sente, mas fazer-nos acreditar que sentimos o que não sentimos. Ou sentimos?"
Pois é...
Auto-engano. Eduardo Giannetti. São Paulo: Companhia das Letras, 2005
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário