quinta-feira, 5 de março de 2009

na toca, no breu, no veludo do céu
atentos ao fogo áspero
que corrói as artérias
dos sonhos
redes de
pensamentos
sedentos
afins

colhe pra plantar depois
ao vento, ao cínico, ao mágico
máscara que separa
a face da verdade
mentira

aos farrapos, aos trapos
aos deus dará, aos destemidos
tudo quanto for
amontoados
descalços
sens qualquer coisa
sem fins

na praça, na lua
na fronteira, na esquina
na sombra, na supercífice
de tensão da água
na bolha, na pétala
na encruzilhada
no meio fio
na meia borda
na borda da linha
na agulha
na vertirgem
na ponta dos pés
na beira
do abismo

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