segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

eu me alimento do que não tem peso
daquilo que me faz ficar tonto
no entardecer de verão

o céu, na conjuntura das árvores
as casas de portas abertas
brincadeiras na calçada

chuvisco de fim de dia
tempestade de madrugada
chá gelado de erva mate

caminhar sem rumo
no deserto da cidade

cheiro de terra molhada
fumaça no asfalto quente

distante, sempre presente
alguma lembrança da infância

perto, sempre distante
o amor perfeito

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