eu me alimento do que não tem peso
daquilo que me faz ficar tonto
no entardecer de verão
o céu, na conjuntura das árvores
as casas de portas abertas
brincadeiras na calçada
chuvisco de fim de dia
tempestade de madrugada
chá gelado de erva mate
caminhar sem rumo
no deserto da cidade
cheiro de terra molhada
fumaça no asfalto quente
distante, sempre presente
alguma lembrança da infância
perto, sempre distante
o amor perfeito
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
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