restou, da noite, um bocejo profundo
uma pálpebra ainda pesada
sobre os olhos vermelhos
o corpo foi-se (des)cansando aos poucos
como a consagração da insonia
com os gritos e sirenes da rua
dos becos ou dos portos
pontes de amizades...
resta, do sono, uma brecha do dia
quem sabe um café ou um mate
para matar o que fica
persiste, a vida, em continuar
incansavelmente dentro
de cada um de nós
seres humanos fadados
a viverem eternamente
o resto da história
terça-feira, 26 de outubro de 2010
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