o sentido dá-se pelo sentido no ouvido
que traduz para o cerebelo desenvolvido
em ondas eletroestapafúrdias
a necessidade de entendimento
daquilo que julga ser entendido
terça-feira, 29 de abril de 2008
sono em dó maior e avante!
Ai, que sono de existir agora
Por essas horas todas passadas
E minutos infinitos e repentinos
Quisera eu já ter vivido tudo
O quanto é possível ter vivido
Dói-me o calo da existência
Ter de proferir cumprimentos
E teses sobre os vizinhos
E ter de dar bom dia, e boa tarde
E fingir empolgação
Em um assunto de política
Ser vanguarda na poesia
Ser ativista das minorias
Ser o bom-homem cristão
Ser o tipo padrão
Ai, que ainda durmo em praça
Ao sol do meio dia
Sem sentir remorso!
Sem pensar que é covardia!
Não me praz a hora certa
Nem o tempo confortável
Nem a chuva, nem as estrelas
Nem a solidão do meu quarto
Tudo está instituído e dado
Desde do nascer do sol
Até os ares da madrugada
Desde que foi feito o mundo
E os deuses todos o abandonaram
Pouco ou quase nada
Resta de novidade
Nem mais a nostalgia
Parece ser adequada
E de pensar que ainda existo
E que tenho de proferir palavras
Dá-me um sono destemido
Pesam-me as pálpebras
E adormeço repentino
Nos braços da fatalidade
Por essas horas todas passadas
E minutos infinitos e repentinos
Quisera eu já ter vivido tudo
O quanto é possível ter vivido
Dói-me o calo da existência
Ter de proferir cumprimentos
E teses sobre os vizinhos
E ter de dar bom dia, e boa tarde
E fingir empolgação
Em um assunto de política
Ser vanguarda na poesia
Ser ativista das minorias
Ser o bom-homem cristão
Ser o tipo padrão
Ai, que ainda durmo em praça
Ao sol do meio dia
Sem sentir remorso!
Sem pensar que é covardia!
Não me praz a hora certa
Nem o tempo confortável
Nem a chuva, nem as estrelas
Nem a solidão do meu quarto
Tudo está instituído e dado
Desde do nascer do sol
Até os ares da madrugada
Desde que foi feito o mundo
E os deuses todos o abandonaram
Pouco ou quase nada
Resta de novidade
Nem mais a nostalgia
Parece ser adequada
E de pensar que ainda existo
E que tenho de proferir palavras
Dá-me um sono destemido
Pesam-me as pálpebras
E adormeço repentino
Nos braços da fatalidade
sexta-feira, 25 de abril de 2008
criar uma nova postagem
sim! criaremos infinitas postagens
que refletem o subalterno
o medo e a coragem
de ser gente...
além das postagens
criaremos metafísicas
muitas delas difíceis
de serem compreendias
aprisionaremos todos
dentro de canudos
de transcendência
além de postagens
criaremos insônias
pelos becos
das madrugadas...
não! não se sintam mal
as letras essa postagem
não passam de um código
frio e lógico
do mundo virtual
que refletem o subalterno
o medo e a coragem
de ser gente...
além das postagens
criaremos metafísicas
muitas delas difíceis
de serem compreendias
aprisionaremos todos
dentro de canudos
de transcendência
além de postagens
criaremos insônias
pelos becos
das madrugadas...
não! não se sintam mal
as letras essa postagem
não passam de um código
frio e lógico
do mundo virtual
quinta-feira, 24 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de abril de 2008
vejo as horas transcorerrem
no relógio digital
ao canto da tela
do computador
e tudo são dados
efêmeros e fugidios
tudo não passa
de bits programados
para acontecerem
amanhã
as ondas percorrem
a casa, o bairro
cidades e países
que nunca irei estar
as ondas do suplício
de existir na imensidão
do absurdo das horas
digitalizadas e mortas
alga flutuando
num espaço irreal
de uma hora irrestrita
do mar de virtualidades
tragar a fumaça colorida
e expelir a vida
no relógio digital
ao canto da tela
do computador
e tudo são dados
efêmeros e fugidios
tudo não passa
de bits programados
para acontecerem
amanhã
as ondas percorrem
a casa, o bairro
cidades e países
que nunca irei estar
as ondas do suplício
de existir na imensidão
do absurdo das horas
digitalizadas e mortas
alga flutuando
num espaço irreal
de uma hora irrestrita
do mar de virtualidades
tragar a fumaça colorida
e expelir a vida
domingo, 6 de abril de 2008
quinta-feira, 3 de abril de 2008
posicionamento (preâmbulo para uma causa indefinida do sujeito)
os parcos sentidos da luminosidade disforme
do veneno “anti-monotonia” da televisão
vem por ondas difusas de um merchandise
que fazem os turistas quererem o impossível
dentro e fora de todas as possibilidades
babies sintéticas e virtuais e sexuais
o gozo das crianças estupradas
pelas violências das necessidades
atribuídas à felicidade solúvel e instantânea:
basta fazer gestos toscos e plenamente
imitáveis pelo “espírito” mórbido da servidão
do outro que não “eu”, é claro
aspas e aspas e um labirinto de “aspas”
sem a necessidade de obstinação
sem a cadência de uma “natureza”
sem a verificação da angústia
líquidos que tomam as formas
da esquizofrenia desvairada
da estupidez enlatada
das vaginas e pênis cantados
de toda a venda do corpo
da alma, do amor, do creme dental
da família, de deuses robóticos
do chip, dos crédulos, améns todos
vinculados ao mercado
da satisfação espetacular
do outro dia, do dia seguinte
do ano que vem, vem, hora agora vem
envaidecidos e esmigalhados
em frangalhos de retalhos
que nunca fixam o olho
que se move feito louco
insanos, informados, carimbados
gesticulados, profanos, atentos
informatizados, batizados
caridosos de sensações
cada vez mais irrealizáveis
projetos à mingua
nas insatisfações suburbanas
na cadência do funk, fuck, suck
do veneno “anti-monotonia” da televisão
vem por ondas difusas de um merchandise
que fazem os turistas quererem o impossível
dentro e fora de todas as possibilidades
babies sintéticas e virtuais e sexuais
o gozo das crianças estupradas
pelas violências das necessidades
atribuídas à felicidade solúvel e instantânea:
basta fazer gestos toscos e plenamente
imitáveis pelo “espírito” mórbido da servidão
do outro que não “eu”, é claro
aspas e aspas e um labirinto de “aspas”
sem a necessidade de obstinação
sem a cadência de uma “natureza”
sem a verificação da angústia
líquidos que tomam as formas
da esquizofrenia desvairada
da estupidez enlatada
das vaginas e pênis cantados
de toda a venda do corpo
da alma, do amor, do creme dental
da família, de deuses robóticos
do chip, dos crédulos, améns todos
vinculados ao mercado
da satisfação espetacular
do outro dia, do dia seguinte
do ano que vem, vem, hora agora vem
envaidecidos e esmigalhados
em frangalhos de retalhos
que nunca fixam o olho
que se move feito louco
insanos, informados, carimbados
gesticulados, profanos, atentos
informatizados, batizados
caridosos de sensações
cada vez mais irrealizáveis
projetos à mingua
nas insatisfações suburbanas
na cadência do funk, fuck, suck
invalidez
Há que se ter coragem
Para cruzar a linha
Da esperança imaginada
e, se além dela
não houver nada?
Ora, isso é uma bobagem
As utopias existem
Queiramos, ou não
Para cruzar a linha
Da esperança imaginada
e, se além dela
não houver nada?
Ora, isso é uma bobagem
As utopias existem
Queiramos, ou não
quarta-feira, 2 de abril de 2008
pouco me interessa saber de seus motivos para me dar esse tapa na cara. todos seus motivos não me interessam e me causam indigestão. não saberia lidar com as margaridas no canteiro esquerdo e nem com a rosas no canteiro central. mas, fique você sabendo que agora tanto faz, simplesmente porque sempre tanto fez. não busque o amor romântico onde só há imagens gastas e reproduzidas em seqüência. não busque a seqüência.
a inversão do simulacro
existir-MOS a que será que se destina
pois é, esse samba é pra você
ó meu amor
vem, que a sede de te amar
me faz maior
a paixão é caos
parabólica
estrada que dói
quero não saber de cor
também
pois é, esse samba é pra você
ó meu amor
vem, que a sede de te amar
me faz maior
a paixão é caos
parabólica
estrada que dói
quero não saber de cor
também
Sei que sabes que eu sei
Do teu amor por mim
E da tua dor
Por eu não te amar
Assim como tu me amas
Mas sei que tu sabes
Que em mim, além de ti
Há um futuro de promessas
Intensamente vividas
Nos infindos passados
Em que nos embriagamos
Tu sabes que eu sei
Da vida um pouco menos
Mas sabes de uma coisa?
O não saber é o que torna
A vida interessante
Do teu amor por mim
E da tua dor
Por eu não te amar
Assim como tu me amas
Mas sei que tu sabes
Que em mim, além de ti
Há um futuro de promessas
Intensamente vividas
Nos infindos passados
Em que nos embriagamos
Tu sabes que eu sei
Da vida um pouco menos
Mas sabes de uma coisa?
O não saber é o que torna
A vida interessante
terça-feira, 1 de abril de 2008
Os momentos de partida
São completamente diferentes
Dos momentos de chegada
Apesar de que uma partida
Implica uma chegada
Mas mesmo assim
As coisas são diferentes
Na partida, do lugar que chegamos
Levamos lembranças
Doces, amargas,
Tristes e felizes
Diferente da chegada
Cheias de esperanças
Expectativas, euforias
Quando partidos
Carregamos uma bagagem
Muito mais pesada
Daquela que trazíamos
Quando chegamos
Fomos acumulando
Livros, fotos, relações
Sonhos, sorrisos, sedativos
Amarguras, ressentimentos
Aborrecimentos, quinquilharias
Verdades absolutas e relativas
Fofocas e mentiras
Teorias e práticas
Sexuais, morais, transcendentais
E além de tudo isso
Partimos carregados
De saudade
Na chegada, que também
Implicou uma partida
Despejamos tudo isso
E também a saudade
Da onde partimos
Para chegar até aqui
E agora a partida
Do lugar chegado
Para outra chegada
Em outro lugar
E entre partidas e chegadas
Nesse alvoroço
Que se chama vida
O que fica é que o vai
E o que vai é o que fica
Nem lá estamos
Nem cá ancoramos
Pois viver é transitar
Entre coisas e pessoas
E depois, de tanto partir e chegar
Um dia chegamos
Na partida final
São completamente diferentes
Dos momentos de chegada
Apesar de que uma partida
Implica uma chegada
Mas mesmo assim
As coisas são diferentes
Na partida, do lugar que chegamos
Levamos lembranças
Doces, amargas,
Tristes e felizes
Diferente da chegada
Cheias de esperanças
Expectativas, euforias
Quando partidos
Carregamos uma bagagem
Muito mais pesada
Daquela que trazíamos
Quando chegamos
Fomos acumulando
Livros, fotos, relações
Sonhos, sorrisos, sedativos
Amarguras, ressentimentos
Aborrecimentos, quinquilharias
Verdades absolutas e relativas
Fofocas e mentiras
Teorias e práticas
Sexuais, morais, transcendentais
E além de tudo isso
Partimos carregados
De saudade
Na chegada, que também
Implicou uma partida
Despejamos tudo isso
E também a saudade
Da onde partimos
Para chegar até aqui
E agora a partida
Do lugar chegado
Para outra chegada
Em outro lugar
E entre partidas e chegadas
Nesse alvoroço
Que se chama vida
O que fica é que o vai
E o que vai é o que fica
Nem lá estamos
Nem cá ancoramos
Pois viver é transitar
Entre coisas e pessoas
E depois, de tanto partir e chegar
Um dia chegamos
Na partida final
o retorno (eterno)
Pois é! Estamos de volta! Agora na "tranquila e pacata" como diz Maysa... ou não é isso? rs... sei que pacata tem! E por falar nela, nem vi ainda a "nascida na primavera", libriana vulnevável ao bom e ao belo...rs... mas verei, verei... e para começar de novo e dar a palavra a ler, um poema de rima fácil, que fala sobre o tempo e suas (im)previsões...assim como as ilusões...
Bem, agora bora colocar outros poemas... :-P
Talvez o tempo mude, talvez não
Apesar de todas as previsões
Será cedo para amar tanto
Ou tarde para deixar
Flutuar longe essa paixão?
Para isso não há gráficos
Nem muitas Verdades científicas
Há versos e poemas
Músicas, olhares, intuição
Vazio no peito
Coração na mão
Ah! Mundo, mundo esse
De Ilusão
Apesar de todas as previsões
Será cedo para amar tanto
Ou tarde para deixar
Flutuar longe essa paixão?
Para isso não há gráficos
Nem muitas Verdades científicas
Há versos e poemas
Músicas, olhares, intuição
Vazio no peito
Coração na mão
Ah! Mundo, mundo esse
De Ilusão
Bem, agora bora colocar outros poemas... :-P
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