os parcos sentidos da luminosidade disforme
do veneno “anti-monotonia” da televisão
vem por ondas difusas de um merchandise
que fazem os turistas quererem o impossível
dentro e fora de todas as possibilidades
babies sintéticas e virtuais e sexuais
o gozo das crianças estupradas
pelas violências das necessidades
atribuídas à felicidade solúvel e instantânea:
basta fazer gestos toscos e plenamente
imitáveis pelo “espírito” mórbido da servidão
do outro que não “eu”, é claro
aspas e aspas e um labirinto de “aspas”
sem a necessidade de obstinação
sem a cadência de uma “natureza”
sem a verificação da angústia
líquidos que tomam as formas
da esquizofrenia desvairada
da estupidez enlatada
das vaginas e pênis cantados
de toda a venda do corpo
da alma, do amor, do creme dental
da família, de deuses robóticos
do chip, dos crédulos, améns todos
vinculados ao mercado
da satisfação espetacular
do outro dia, do dia seguinte
do ano que vem, vem, hora agora vem
envaidecidos e esmigalhados
em frangalhos de retalhos
que nunca fixam o olho
que se move feito louco
insanos, informados, carimbados
gesticulados, profanos, atentos
informatizados, batizados
caridosos de sensações
cada vez mais irrealizáveis
projetos à mingua
nas insatisfações suburbanas
na cadência do funk, fuck, suck
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