segunda-feira, 13 de outubro de 2008

a verdade é que tempo de hoje
não será o tempo de amanhã
parece óbvio? parece...

acontece que o tempo de agora
é uma estufa
que nos faz suar o sangue
das metodologias absurdas
de uma civilização em ruínas

o tempo de amanhã
depois da tempestade do século
surgirá como calmaria
transfigurando o que
nos torna brutos
em eternidade de sentidos
que agora as palavras
só podem se referir
em apunhaladas

o tempo de amanhã
permitirá o suspiro aliviado
será quando saberemos
que não somos culpados
pelo delito, pela ferida
pelo assassinato...

o tempo de rasgar
os papéis da burocracia
que matém a ordem
desumanizante

o tempo das hierarquias
serem subvertidas
pelas ordens de outras pessoas
de gestos mais coerentes
do compartilhamento
de responsabilidades

o novo tempo, que já disponta
em surdina e tormento
para os vagloriados de agora
será o tempo intimista
entendido pelas crianças
pela inocência, confiança, poesia

ah! tempo que nos falta
e nos comove...

Um comentário:

Querida disse...

No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança

Querido! Alma poeta...lindo! lindo! lindo!! Amo saber da sua existência..amo saber que nossos caminhos se cruzaram prá sempre!!
Vc é demais!!
Bjs e saudade