noite já e nem sei
estou calmo, absorto na possibilidade de...
mas, tanto faz, ainda é cedo
a cidade brilha incondicionalmente
e nem sei onde fica sua rua
suas margens de privacidade
seu hálito fresco antes de dormir
nem sei, pois nem procuerei saber
aposta no destino... burrice?
não sei também, e pouco importa
o que importa é saber das possibilidades
frescas nas árvores da vida
e daí que não vou sair collhendo
apressadamente os frutos da felicidade
não... deixem maturarem até
desprenderem-se por conta própria
e, num instante, como descobriu o físico
com a queda da maçã
a lei da gravidade
você cairá em meus braços
pronto para o consumo
e doce como licor de jabuticaba
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
através da janela
ao final da tarde
a chuva veio falar comigo
como um carinho
olhava o pátio
como quem olhava
um labirinto
de caminhos floridos...
o fim da tarde no verão
com a chuva
de cinco minutos
com o calor
com o sol
já enfraquecido
e meu tempo se estendeu
ao infinito...
não havia pressa
nem deveria haver fim
cada passo, cada gesto
rompia um absurdo
de desejo absoluto
de felicidade
como estar
na chuva contigo
que lá estava
através da janela
no pátio molhado
e florido
como estar brando
sem sentido e sentindo
o coração rasgar o peito
destemido, absorto
estarrecido
e meus olhos casados
de tanto ver o impossível
se tornaram suaves
comtemplativos
incorruptíveis
alí estava o pátio
molhado e florido
banhado pelo
sol enfraquecido
e de tudo que esperava
ainda te via
sabendo que de fato
outro amor aconteceria
ao final da tarde
a chuva veio falar comigo
como um carinho
olhava o pátio
como quem olhava
um labirinto
de caminhos floridos...
o fim da tarde no verão
com a chuva
de cinco minutos
com o calor
com o sol
já enfraquecido
e meu tempo se estendeu
ao infinito...
não havia pressa
nem deveria haver fim
cada passo, cada gesto
rompia um absurdo
de desejo absoluto
de felicidade
como estar
na chuva contigo
que lá estava
através da janela
no pátio molhado
e florido
como estar brando
sem sentido e sentindo
o coração rasgar o peito
destemido, absorto
estarrecido
e meus olhos casados
de tanto ver o impossível
se tornaram suaves
comtemplativos
incorruptíveis
alí estava o pátio
molhado e florido
banhado pelo
sol enfraquecido
e de tudo que esperava
ainda te via
sabendo que de fato
outro amor aconteceria
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
domingo, 11 de janeiro de 2009
rotina
outro dia...
minhas tantas verdades
o jeito de ser sempre
a continuidade
na existência
dos minúsculos
movimentos
estudar o amanhacer
da janela recém aberta
aromas de necessidades
como escovar os dentes
vestir-se ainda sonolento
e sair à deriva
para o mesmo de sempre:
o diferente confortável
na esquina, à espreita
a cidade olha os versos
nas faces do novo dia
é a vida se compondo
de novo e sempre
teia infinita de
possibilidades...
minhas tantas verdades
o jeito de ser sempre
a continuidade
na existência
dos minúsculos
movimentos
estudar o amanhacer
da janela recém aberta
aromas de necessidades
como escovar os dentes
vestir-se ainda sonolento
e sair à deriva
para o mesmo de sempre:
o diferente confortável
na esquina, à espreita
a cidade olha os versos
nas faces do novo dia
é a vida se compondo
de novo e sempre
teia infinita de
possibilidades...
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
eu vivi entregue
as entranhas da sorte
ainda que tenha
vivido pouco
vivido nada
ai, que nem sei se vivi
só sei que foi
nas entranhas da sorte
e o tempo transcorrido
que não é de morte
mistura o gesto destemido
com o resto das sobras
de amores perdidos
ilusões desfeitas
traços oblíquos
das faces transitórias
e se vivi, foi pelas
entranhas da sorte
levado distante
estrada infinita
no amanhecer
de tudo um pouco
fica no arcabouço
a espreita de sair
como um sopro:
é assim que ainda vivo
pelas entranhas
da sorte
as entranhas da sorte
ainda que tenha
vivido pouco
vivido nada
ai, que nem sei se vivi
só sei que foi
nas entranhas da sorte
e o tempo transcorrido
que não é de morte
mistura o gesto destemido
com o resto das sobras
de amores perdidos
ilusões desfeitas
traços oblíquos
das faces transitórias
e se vivi, foi pelas
entranhas da sorte
levado distante
estrada infinita
no amanhecer
de tudo um pouco
fica no arcabouço
a espreita de sair
como um sopro:
é assim que ainda vivo
pelas entranhas
da sorte
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