eu vivi entregue
as entranhas da sorte
ainda que tenha
vivido pouco
vivido nada
ai, que nem sei se vivi
só sei que foi
nas entranhas da sorte
e o tempo transcorrido
que não é de morte
mistura o gesto destemido
com o resto das sobras
de amores perdidos
ilusões desfeitas
traços oblíquos
das faces transitórias
e se vivi, foi pelas
entranhas da sorte
levado distante
estrada infinita
no amanhecer
de tudo um pouco
fica no arcabouço
a espreita de sair
como um sopro:
é assim que ainda vivo
pelas entranhas
da sorte
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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