domingo, 1 de novembro de 2009

meu corpo é a morada dos aflitos
embrutecidos em retratos amarelados
esquecidos, solitários, vagantes ...

outro dia mesmo, ainda um sorriso
figurava sereno em meus braços
agora um castigo nos foi imposto:
perdemos a infância e a inocência

sem méritos, sigo o caminho do depois
os trilhos do ainda não, atravancados, rotos
as estradas em forquilhas, em foices
em palavras esparças que quase
nunca formam uma frase toda...

a liberdade? se um dia ela exisitir
poderei te contar algum segredo
poderei te beijar como o primeiro
beijo que a mãe ofecere ao filho
o beijo mais terno, mais puro, mais doce

por hora, resta o infinito

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