terça-feira, 1 de julho de 2008

arde no peito o grito calado
de todos os nossos desejos reprimidos
desde de antes do nosso nascimento

aí, cometemos nossas mortes simbólicas
pequenos assassinatos do cotidiano
onde a discordância impera
como estatuto programado
para sempre acontecer
e é isso que queremos
que aconteça

a pergunta descenecessária
a resposta arbitrária
o sorriso irônico
o gesto estapafúldio

queremos o sangue do outro
a sua redenção ao nosso orgulho
a nossa Verdade Santa e Promíscua
ao nossa Vontade insana
de subjulgar, de explorar
de ver sofrer, de tirar proveito
de dizer:
Sim! Eu sou superior a você!
Por isso te escarro,
Por isso minha Razão
Tem a força de rasgar a tua pele
E expor seus nervos fracos
E seu sangue covarde

ah! Razão essa de tanto sofrimento...
quando poderíamos ter menos Razão
e muito mais entedimento

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