segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

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4 comentários:

Anônimo disse...

As palavras me fogem neste momento.
A estrutura gramatical pouco me importa agora.
Minha mente fervilha, borbulha com inúmeros pensamentos e expressões inexprimíveis.
De nada adiantaria tentar explicar o que parece tão óbvio para mim e simplesmente sem sentido para você.
Os olhos, as mãos, meus sentidos não acompanham meu pensamento que é tão intenso e fugaz.
Ninguém entenderia a complexidade de um complexo que se desfaz em instantes.
Ninguém se incomodaria em tentar entender o porquê de tudo o que me faz pensar.
Cada um de nós está absorto e preocupado demais consigo mesmo para sentir e entender o inexplicável, inconfessável e simples pensamento alheio.
Não diga que não é verdade! Cada um preso dentro de seu próprio mundo esperando que outros o compreendam.
O individualismo é o mal do mundo. O isolamento acaba florescendo em alguma parte, em algum momento, em uma determinada situação na vida de todos. É inevitável reprimir o pensamento de que ninguém o compreende, o sentimento de que ninguém sente dor semelhante a sua ou observa o mundo da forma como você o faz.
E dizem que aquele que se isola procura o seu próprio desejo egoísta. Mas, alguém escolhe o isolamento ou a incompreensão como estilo de vida? Alguém sente prazer em dizer palavras que não surtem efeito ou não fazem sentido?
Não consigo compreender! O pensamento é tolhido pela própria pessoa. Há uma auto-mutilação de idéias. Ninguém percebe que o simples calar nada mais é do que um assassinato de idéias?
Talvez seja algo natural, algo inerente à personalidade humana. Algo a que ainda devemos nos adaptar e acostumar-nos. Mas não devemos nos enganar. A mesma solidão que hoje você sente, a mesma sensação de incompreensão e isolamento de que você acha ser o único a ser vítima – assim como eu também acho que sou – alguém, alguma vez, em algum lugar, de alguma forma já sentiu.
Ninguém é tão especial.

rOdrigO disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
rOdrigO disse...

Caro ou cara "anônimo". Todos nós acho que nos debatemos em torno desses paralelismos. Mas não creio que seja apenas um individualismo patológico que nos torna esses seres voltados para nosso próprio Self e inconpreensível aos outros. Claro, meus sentimentos são primeiramente meus sentimentos. Ao externaliza-los tornam-se incompletos e já aí, uma primeira vez são forçados a uma interpretação. Quando alguém lê, esse círculo de interpretação se expande invariavelmente, visto que as intersubjetividades passam a operar em conjunto. Você deflagra a ti mesmo, como o "sujeito" egoísta icompreensível? teu texto grita uma mágoa, talvez. Mas gostei. Só não entendo poque a postagem nao foi assinada. Como sempre digo: a ausência é a essencia dos covardes.
abrass

Ali se vê disse...

Olha... só tenho uma coisa a dizer.. que toda essa falaçao aí de cima é apensa um origami mental mal construído... acho q começaram a fazer uma gaivota e saiu um corvo!! Aí.. na hora de colocá-lo para voar em palavras... ficou rondando coisas obscuras!!!