quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

há memórias demais
na minha cama desfeita
no vão entre o armário
e a parede
nos azulejos do banheiro

tudo ao meu redor
são imagens
de vidas passadas
as quais vivi
entre o sim e o não
no talvez da covardia

os nomes das coisas
de todas as coisas
são já conhecidos
e me resta lembra-los
enlatados, embutidos
nos cantos da casa
nos porões do
inconsciente

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