segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Se existo agora, sou penumbra
Brasa quase no fim
Adormeço para não morrer
Para calar-me e ter um não sentir

Apazigua-me o sono em seu início
Depois o peso dos sonhos
Me transforma em fumaça

Ah! Quanto desencanto
Pelas frias ruas de janeiro
Mesmo sendo verão
Mesmo a lua estando inteira

Espero o breve fim de meu sono
E quanto ainda terei de dormir
Para livre estar de meus sentimentos?

Aurora desesperada
Todas as horas malogradas
Sinto que assim vou ficar
Se assim continuar a sentir

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